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quinta-feira, 3 de junho de 2010

DICA CULTURAL - CHURRASCO

Aproveitando a recente visita de Henrique e Lucas a uma churrascaria, resolvi dividir com vocês um pouco sobre a história do surgimento de tal segmento da gastronomia e da sua chegada à América Latina.
O modo como comemos carne atualmente não é muito recente, há indícios de que Judas, após receber o pagamento (em moedas de ouro e um cordeiro) por trair e entregar Jesus, teria sacrificado o pobre animal a fim de comemorar tal feito, porém, ao bater o arrependimento, Judas teria reunido todos os apóstolos e, como fora feito dias antes na santa ceia, Judas cortou o cordeiro em 12 pedaços, de tal maneira que cada apóstolo teria ficado com um pedaço. Quis o destino que Judas acabasse ficando com as costelas do cordeiro e, como forma punição por delatar Jesus, se é que podemos dizer assim, Judas prometeu carregar as costelas até seu último dia de vida e jurou que faria de tudo para que fosse lembrado sempre que alguém fosse comer tal parte do cordeiro, afirmou Napoleão Bonaparte, fiel companheiro e confidente de Judas, que confessaria mais tarde em sua biografia :“ Judas passava pelas ruas de Paris e ouvia-se gritos de incentivo que diziam-no para continuar carregando”. “Carré lês Coustélées, Judas” era o que diziam os parisienses para Judas. Surgia então o mundialmente conhecido Carré de Cordeiro.
Anos mais tarde, em meio ao estopim da revolução francesa, Maria Antonieta até então presidente da França e esposa de Napoleão, fora exilada para a Arábia Saudita, tendo em vista que suas falcatruas haviam sido descobertas e que sua prisão era eminente, resolveu se aliar a Maomé, líder político e simpatizante da causa de Maria Antonieta. Cansados de se esconderem e de escapar das constantes perseguições a que eram sujeitos, se casaram e fugiram para a Índia, habitada até então por índios provenientes da costa leste do Peru. Uma vez na Índia, com identidades trocadas, se refugiaram em um templo hindú onde um guru já os aguardava. Certa vez, enquanto meditava, ao atingir o nirvana, Maomé teve uma revelação, Judas havia se reencarnado nas vacas e bois como forma de karma, por ter sido um traidor em sua vida anterior. Ao voltar a seu estado normal, Maomé foi de encontro a seu guru e o revelou tal visão, desde então, as vacas passaram a ser consideradas sagradas na índia, conseqüentemente Maria Antonieta, que havia sido amante de Judas Iscariotes passou a seguir uma dieta que se baseava em vegetais, água, maçãs e mamão verde com sal. Costume esse que passou a ser copiado por todos do templo e, conseqüentemente pela nação indiana, que por sua vez, graças aos programas de intercâmbio, difundiu tal dieta em todo o mundo. Surgia ai a primeira geração de vegetarianos no mundo.

Maomé, que até então vivia uma via regada a muito vinho, amarula e uma dieta composta quase toda que por proteína e doces de banana, se via infeliz com a situação e devia grande parte de sua tristeza a ausência de um dos maiores prazeres da vida, comer.
Enquanto tudo isso acontecia, um problema assolava a Índia . Uma praga de ratos dominava as ruas e guetos de Bombay. Vendo isso, o governo indiano tomou uma providência imediata, fez o mais lógico. Trouxe direto do Golfo Pérsico uma ninhada de gatos persas para ver se eles dariam um jeito nessa praga. E de fato deram, mas algo inesperado aconteceu. Esses gatos passaram a se reproduzir, o que fez com o que antes fosse dominado por ratos, passasse a ser dominado por gatos persas, como se já não bastasse as vacas, que circulavam pelo país livremente, uma vez que eram sagradas.
Em um ato desesperado, Maomé dominado pela sua tristeza e desejo por carne, capturou um desses gatos e, com requintes de crueldade, matou, limpou, desossou o animal e, sem raciocinar, cozinhou o gato, tal como se faz em um churrasco e deliciou-se com tal iguaria. Ao retomar a consciência, Maomé jejuou por 3 horas em respeito ao felino. Dias depois, Maomé sentiu em seu âmago o mesmo anseio que tinha guiado seus atos cruéis dias antes com o gato, e cometeu um sacrilégio. Seqüestrou uma vaca afim de comercializá-la ilegalmente. Os negócios foram crescendo, e simultaneamente, seu cerco estava se fechando, uma vez que as autoridades religiosas haviam notado a diminuição de vacas nas ruas de Bombay. Se vendo sem alternativas, Maomé terminou seu romance com Maria Antonieta, que por sua vez pode oficializar seu relacionamento com o guru e fugiu para Bangladesh.

Ao chegar, para a sua surpresa, cartazes com a sua foto estavam espalhados por toda parte. Sem alternativas, ficou pobre, e sem casa, passando a morar na rua. Se valendo de sua mendigagem, juntou dinheiro, comprou roupas novas e fugiu de Bangladesh escondido em um barco, sem saber qual seria o seu destino final. 2 Meses depois, o Navio aportou em um lugar onde Maomé jamais havia sonhado estar, o Rio de Janeiro. Uma vez no Rio, sem perspectiva nenhuma, Maomé se viu sem alternativas e passou a viver das coisas valiosas que ele encontrava nas areias da praia de Copacabana, tais como brincos, relógios e até mesmo dinheiro deixados pelos banhistas distraídos.
Certa vez enquanto caçava algo de valor se deparou com um rolex de ouro maciço repleto de swarivsk de um valor incomensurável, notou que havia gravado atrás da pulseira o nome e o endereço do dono. Poliglota que era, leu e pegou um táxi. Chegando no endereço que dizia no relógio, Maomé se deparou com uma espécie de restaurante, era hora do almoço e o salão do restaurante estava as moscas, mas não ligou, perguntou pelo dono do relógio e assim que o sujeito de nome Gervásio chegou. Ele entregou o rolex ao dono, que por gratidão servio-lhe um almoço com o que o gerente dizia ser a especialidade da casa: Carré de Cordeiro. Em choque, Maomé se negou a comer tal prato, contou a história de Judas, Napoleão, Maria Antonieta e o tal guru indiano e sugeriu outros tipos de cortes e de carnes, uma vez que dominava as artes da carne. Espantado com a história e com o vasto conhecimento de Maomé, Grevásio contratou Maomé como chef de sua cozinha.

Acostumado com a escassez de carne dos tempos de índia, servia apenas um tipo de carne por dia, o que levou o restaurante a alcançar uma discreta fama. Certa vez, indagado pela filha de Gervásio, Maomé teve uma brilhante sacada, “porque não servir um pouco de cada tipo de carne todos os dias?”. Era o que bastava para o restaurante decolar de vez. O restaurante cresceu, ganhou mais dinheiro e mudou de nome. Inspirado pela dica dada pela filha de Gervásio, apelidada de Barbie por Maomé, não pensou duas vezes, o restaurante passou a se chamar Barbie Cue, (em português Segestão da Barbie). O tempo foi passando e o que antes era Barbie Cue passou a ser conhecido no mundo todo por Barbecue, ou seja, o legítimo churrasco.
Hoje em dia, vale ressaltar que aqueles que não possuem lá condições de apreciar um legítimo churrasco brasileiro recorrem ao tradicionalíssimo “churrasco de gato”, criação de Maomé.

Obrigado!

11 comentários:

Anônimo disse...

Uma breve(ou não tão breve) mas cativante narrativa acerca dos milhares de anos da evolução das churrascarias steakhouse que temos em território tupiniquim!

Reforço a minha gratidão por uma elucidação tão grandiosa e cntundente como esta.

por:Gastrônomo Misterioso

Dani Zetchaku disse...

Mano... Brother... Q criatividade... Hhauahuahuahuahuahuahuahuahua

Lucas disse...

Huahuahauhauahuahauahuahauhauhaua!

Henrique disse...

palmas virtuais crescentes para a sua pessoa Tales!

Robertinho disse...

Acho que há dois brothers cultos

Renan disse...

Para os leigos na arte do CHURRASCO.. ai vai uma aula de história sobre o tal barbecue... pelo imesurável TALÃO!

Rodrigo U. disse...

Em termos poliglotas/culturais os conceitos da Religião, empregado a pouco pelo meu amigo Tales, corresponde com sua amabilidade para com os animais, que por sua vez perpetuam suas ideologias aristocráticas sob forma de onomatopéias grotescas e indolores. Porem, como muitos dizem, a males que vem para o bem, por tanto Maomé e seus amigos mais uma vez surpreenderam a sociedade pós moderna. Cavalos de sua consciência e até inconsciência reverenciam os atos do mesmo. Portanto termino meu comentários e acredito que Tales seja uma cara muito legal.
Adeus

Alan Yamassaki disse...

Não há palavra que possa descrever tamanha perspicácia, senão " Parfait".

Talão, você ilumina o caminho da Gastronomia!

Abs,

Bruna disse...

Hahahaha, demais...
e adorei o blog, parabéns!

Letícia disse...

Impressionante a conexão entre as culturas Cristã, Francesa, Indu e Muçulmana com o legítimo churrasco brasileiro! Mais impressionante ainda o fato de eu nunca ter percebido isso antes!
Querido irmão, muito obrigada e parabéns por essa elucidação!
Way to go, Bro!

Beijos!

Luís Fernando Lopes disse...

Realmente impressionante!

Um aula de história, geografia e, certamente, de línguas.

Trata-se de uma enorme contribuição para o progresso da insanidade humana. (hehehe)

Parabéns! Estão no caminho certo.

Viva a insanidade!

Abraços,

Luís Fernando Lopes

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